A partir do dia 1 de janeiro de 2024 os motociclos com cilindrada superior a 125 cm3 passam a estar obrigados a uma inspeção periódica.
A inspeção periódica obrigatória de motos, triciclos, motos-quatro e outros quadriciclos com cilindrada superior a 125 centímetros cúbicos (cm3) vai avançar a 1 de janeiro de 2024.
Divulgadas em Diário da República, estas alterações — transpõem para as lei nacionais as diretivas da União Europeia de 2014 —, dão sequência a uma medida que já tinha sido aprovada pelo Governo de Passos Coelho, em decreto-lei, há cerca de 10 anos.
Depois de muitos atrasos e de muitas críticas por parte dos centros de inspeção, que fizeram investimentos na ordem dos 30 milhões de euros para se adaptarem a estas mudanças, esta medida vai finalmente sair do papel.
Como vai funcionar?
Os motociclos, triciclos e quadriciclos (onde se incluem as motos-quatro e outras pequenas viaturas de quatro rodas) com mais de 125 cm3 terão que ir à primeira inspeção “cinco anos após a data da primeira matrícula”.
A partir desse momento, a inspeção obrigatória será feita de dois em dois anos, sendo que apenas os veículos com motor de combustão são afetados. Os elétricos estão excluídos de todas estas avaliações.
Esta medida vai aplicar-se a um universo de cerca de 450 mil veículos.
Centros de inspeções preparados
Citado pelo Jornal de notícias (JN), Gabriel Almeida e Silva, secretário-geral da Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel, vê com bons olhos esta medida e garante que os centros já têm instalações e equipamentos adaptados para dar resposta a estas novas inspeções.
Contudo, relembra que ainda é necessário saber a classificação de deficiências que devem ser tidas em conta, bem como alguns aspetos relacionados com a formação dos inspetores.
“Falta sair a classificação de deficiências a aplicar a estes veículos e falta, também, proceder a uma alteração ao diploma relativo às licenças e formação de inspetores. Neste momento, existem quatro tipos de licenças que, no fundo, habilitam os inspetores a inspecionar determinadas categorias de veículos e, destas quatro licenças, nenhuma abrange os motociclos”, afirmou Gabriel Almeida e Silva ao JN.
Mas há algo que Gabriel Almeida e Silva já considera uma certeza com a implementação da inspeção obrigatória para motos: “Vamos tornar o veículo mais seguro e menos sujeito a acidentes”.
“Ao fazer um controlo prévio sobre as condições do veículo, vamos antecipar as eventuais deficiências que esse veículo tem”, destacou.
Fonte: Razão Automóvel
